"Se exponho a você minha nudez como pessoa, não me faça sentir vergonha!"

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A sua

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
por Marisa Monte

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Blindness

Ensaio sobre a cegueira.
Finalmente vi o filme.
Estou muda até agora.
Agústia, desespero e pessimismo.
Seres humanos sem controle e compaixão.
Tudo igualzinho à "vida real".
Algumas cenas embrulham o estômago.
É a "lei da selva".
Será que estamos ficando cegos?
O pior é enxergar!

sábado, 18 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O grito

E eu... Não vou nada bem!

domingo, 12 de outubro de 2008

O Brasil explicado em galinhas

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia.
- Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha pra ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai pra cadeia!
- Não era pra mim não. Era pra vender.
- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
- Mas eu vendia mais caro.
- Mais caro?
- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
- Mas eram as mesmas galinhas, safado.
- Os ovos das minhas eu pintava.
- Que grande pilantra...
Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.
- Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
- Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.
- E o que você faz com o lucro do seu negócio?
- Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui a exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para os programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:
- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
- Trilionário. Sem contar o que eu sonego do Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
- Às vezes. Sabe como é.
- Não sei não, excelência. Me explique.
- É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. Do risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui pego, finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.
- O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
- Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...
por Luis Fernando Veríssimo

sábado, 11 de outubro de 2008

“Cada povo tem o governo que merece”

Dez dos 18 vereadores que votaram, às escondidas, a favor da criação do 13º, 14º e 15º salários conseguiram se reeleger. Entre eles, estão: o campeão de votos desta eleição, Bruno Peixoto, do PMDB; e Clécio Alves, também do PMDB, principal articulador da manobra.

Para o filósofo francês Joseph De Maistre, “cada povo tem o governo que merece”. Mas eu pergunto: até eu, que não votei em nenhum desses “excelentíssimos” vereadores? Por uma questão de lógica, todos têm, mas nem todos merecerem um governo de oportunistas e interesseiros.

E já que o quadro é irreversível, só me resta divulgar a lista dos dez “mais” da nova Câmara Municipal de Goiânia. “Mais” o quê, você decide.

Anselmo Pereira (PSDB)

Bruno Peixoto (PMDB)

Clécio Alves (PMDB)

Geovani Antônio (PSDB)

Maurício Beraldo (PSDB)

Paulo Borges (PMDB)

Pedro Azulão Júnior (PSB)

Rusembergue Barbosa (PRB)

Santana Gomes (PMDB)

Virmondes Cruvinel (PSDC)


Eu não gosto de melancia

"Não deixe que as sementes o impeçam
de comer a melancia com prazer"

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E se nos faltasse a visão?

Somos a geração do visual, do material e do instantâneo. O olhar, as relações e até a comida... É tudo tão alucinado que saborear, sentir e perceber não cabe na rotina de quem tem “mais o que fazer”. As horas passam depressa e o cineasta alemão Win Wenders diz, sabiamente, que temos excesso de tudo, menos de tempo.
Mas, “se o pior cego é aquele que não quer ver”, por que insistir nessa loucura? Para o autor do celebrado Ensaio sobre a cegueira, livro que virou filme, ter tudo em excesso é nada ter. José Saramago garante que nunca estivemos tão perto da alegoria da caverna de Platão. Somos bombardeados, o tempo todo, por imagens de todo tipo. Sombras que cremos reais.
E se nos faltasse a visão? Saramago diz que já estamos todos cegos da razão porque aquele que vê só com os olhos se afasta de si mesmo e do mundo. O músico Hermeto Pascoal concorda. Ele conta que pediu a Deus para ficar um tempo cego “porque olhando é tanta coisa ruim que a gente vê, que atrapalha a visão certa”.
Hermeto Pascoal, José Saramago e Win Wenders têm muito em comum. Além da arte e do fato de “sofrerem das vistas”, os três fazem revelações impressionantes sobre o “olhar” no documentário Janela da alma. Dirigido e co-dirigido por João Jardim e Walter Carvalho, o filme trata do ver ou não ver a partir de depoimentos de pessoas, famosas ou não, míopes ou totalmente cegas.
Mas se engana quem acha que o longa trata a visão apenas como um sentido. Janela da alma conduz o espectador por um caminho de luz entre as trevas e deixa claro que a maior deficiência não é a física, daquilo que não se pode ver, e sim a existencial, daquilo que não se pode sentir por meio do olhar.
De uma simplicidade perturbadora o filme permite ainda um comentário do escritor cego Leo Lama, que não figura entre os personagens. Para ele, “os mais cegos são os que não se enxergam sendo enxergados e, portanto, não se mostram por não se acharem sendo vistos. E isto é o que vemos: nós em tudo. Refletir é se espelhar em si”.

domingo, 5 de outubro de 2008

Inesquecível

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

sábado, 4 de outubro de 2008

Same mistake




I'm not calling for a second chance
I'm screaming at the top of my voice
Give me reason but don't give me choice
'Cause I'll just make the same mistake again
por James Blunt